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DEVOÇÃO AO SAGRADO CORAÇÃO JESUS

Na realidade, o Sagrado Coração de Jesus fez doze consoladoras promessas a favor dos seus devotos; nós, porém, somente queremos falar na Grande Promessa, porque esta é como um resumo e coroa de todas as outras. Para manifestar o Seu amor, o Coração abençoado de Jesus escolheu uma jovem, uma virgem, Margarida Maria Alacoque, desconhecida do mundo, mas muito querida por Deus. Esta donzela feliz contava vinte e seis anos, professando, desde um ano, no mosteiro da Visitação de Paray-le-Monial, na França. Três vezes quis Jesus consolar a sua amada com sua presença. A primeira vez foi no dia 27 de dezembro de 1673; a segunda, na oitava de Corpus Christi. Numa dessas aparições, na segunda, parece, enquanto a jovem estava em dulcíssimo êxtase, recolhida e imóvel, com os braços cruzados no peito, com a face irradiada pela chama interior, uma luz celeste, vista somente por ela, iluminava o altar, e através das grades ela viu o Coração… Estava este coração completamente cercado de chamas e rodeado por uma coroa de espinhos, transpassado por uma profunda ferida, todo ensanguentado e encimado por uma cruz. Margarida – disse Jesus, dirigindo-se à jovem – Eu te prometo, na excessiva misericórdia do Meu coração, dar penitência final a todos os que comungarem na primeira sexta-feira em nove meses consecutivos. Eles não morrerão no Meu desagrado, nem sem receber os Sacramentos, tornando-se Meu Coração refúgio para eles naqueles transes extremos. (A GRANDE PROMESSA DO Sacratíssimo Coração de Jesus, Frei Salvador do Coração de Jesus)

NOVE PRIMEIRAS SEXTAS-FEIRAS

A Grande promessa está contida na carta escrita em maio de 1688 por Santa Margarida Maria à Madre Saumaise:

“Em uma sexta-feira, durante a Santa Comunhão, Ele falou essas palavras para sua indigna serva, se não me engano: Eu prometo, na excessiva misericórdia do meu Coração, a todos aqueles que comungarem em nove primeiras sextas-feiras do mês seguidas, a graça da penitência final; eles não morrerão na minha desgraça, nem sem receber os sacramentos e o meu divino Coração será o seu asilo seguro no último momento.”

As condições indispensáveis para a grande promessa do Sagrado Coração de Jesus – perseverança final e salvação eterna – são:

a) a comunhão deve ser feita na primeira sexta-feira do mês – dia escolhido por Ele – e não em outro dia. Portanto, não consta que haja a possibilidade de comungar em outro dia para cumprir a devoção, ainda que com a dispensa do sacerdote.

b) a novena de comunhão deve ser feita em nove meses consecutivos. Se houver interrupção, deve ser recomeçada.

c) deve ser feita em estado de graça e na intenção de honrar o Sagrado Coração. Portanto, não consta que seja necessária a confissão no dia ou oito dias antes, como é necessária para os primeiros cinco sábados (e Nosso Senhor disse ainda mais de oito dias, se houver motivo, para o primeiro sábado). Basta estar em estado de graça. Convém confessar, mas não é necessário.

Destaque-se que Nosso Senhor não diz que aqueles que fazem as primeiras nove sextas-feiras serão dispensados de alguma de suas obrigações ou de exercer a vigilância necessária para levar uma vida boa e vencer a tentação. Na verdade, ele promete abundantes graças para os que fazem as nove sextas-feiras a fim de que cumpram essas obrigações e possam perseverar até o fim. Finalmente, podemos observar que a prática das nove primeiras sextas-feiras é muito agradável a Nosso Senhor, dado que Ele promete tão grande recompensa, e que todos devem se esforçar para praticar a devoção das primeiras sextas-feiras.

Fonte: https://missatridentinaembrasilia.org/2014/07/30/instrucao-devocoes-das-nove-primeiras-sextas-feiras-e-dos-cinco-primeiros-sabados/ 

PROMESSAS DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO AOS DEVOTOS DE SEU SACRATÍSSIMO CORAÇÃO (FEITAS A SANTA MARGARIDA)

1. Eu darei aos devotos do Meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.

2. Trarei e conservarei a paz em suas famílias. 3. Consolá-los-ei em todas as suas aflições.

4. Ser-lhes-ei refúgio seguro na vida e principalmente na morte.

5. Lançarei bênçãos abundantes sobre as suas empresas.

6. Os pecadores acharão em Meu Coração a fonte e o oceano das misericórdias.

7. As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas.

8. As almas fervorosas elevar-se-ão, em pouco tempo, a uma alta perfeição.

9. A Minha bênção pousará sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem do Meu Sagrado Coração.

10. Darei aos sacerdotes o poder de tocar os corações mais endurecidos.

11. As pessoas que propagarem esta devoção terão seus nomes inscritos para sempre em Meu Coração.

12. A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses seguidos darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

Eu o vejo, tu estás comovido. Não julgaras que o Coração de

Jesus te amasse assim. Aproveita, pois, este instante feliz em

que a voz de Jesus se fez ouvir em tua alma de um modo todo

particular para Lhe pedires a graça de que necessitas e para

Lhe prometeres que receberás a santa comunhão na primeira

sexta-feira de cada mês, ou melhor, em cada sexta-feira ou

mesmo todos os dias. Se for este o desejo do Coração de Jesus,

não Lhe negarás esta prova de amor. (A GRANDE PROMESSA DO Sacratíssimo Coração de Jesus, Frei Salvador do Coração de Jesus)

SUGESTÃO DE ORAÇÕES

ANTES DA COMUNHÃO

Oh! Jesus, tão somente o Vosso Coração, que é o Coração de Deus, tão somente o vosso Amor que é o Amor dos amores podia falar assim às Suas criaturas: “No excesso da misericórdia do Meu amor onipotente concederei a todos os que comungarem em nove primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, a graça da penitência final, não morrendo eles no Meu desagrado, nem tampouco sem receberem os sacramentos; e o Meu Coração será para eles asilo seguro em seus transes extremos”. E como é que eu poderia crer em tamanha graça, em uma promessa tão solene

se Vós mesmo, oh! meu Jesus, não o tivésseis revelado, no excesso da misericórdia do Vosso amor onipotente, à Vossa serva Margarida? Oh! Coração do meu Jesus, eu fico confundido por tanta humilhação da Vossa parte, por tanto amor entranhado consagrado às almas. Como a parábola dos convidados à ceia, na qual tomaram parte os mendigos, os cegos, os coxos, os desvalidos e em suma todos, sem distinção alguma, assim também em Vós não excluís a ninguém da Vossa Grande Promessa. Este favor bem se poderia entender, tratando-se de almas fervorosas, mas com outras almas frias e pecadoras, como é que podereis sustentar a Vossa Promessa? O Vosso Coração me responde dizendo: “Os pecadores acharão no Meu Coração a fonte perene, o oceano infinito da misericórdia… Os frios se tornarão fervorosos… Os fervorosos hão de chegar a uma grande perfeição… Oh! Excesso da misericórdia do Vosso amor onipotente, eu chego agora a compreender, pois eu leio no Vosso Coração. Não sei exprimir-me por palavras, mas eu sinto que Vos tenho compreendido, pois vejo, leio no Vosso Coração adorável estas palavras: para salvar uma alma que tenha feito as nove primeiras sextas-feiras em honra do Vosso Sagrado Coração, Vós, ó Jesus, não hesitaríeis, se necessário fosse, operar até um milagre. Oh! Jesus, ó Jesus de minha alma, quem não Vos amará depois de saber até que ponto chegou o Vosso amor pelas almas? De minha parte, ó Coração Sacratíssimo de Jesus, eu não procuro outro coração senão o Vosso e não quero amar senão a Vós, tão somente.

DEPOIS DA SANTA COMUNHÃO

Viestes finalmente, oh meu Jesus, e descestes ao meu coração. O vosso Coração, portanto, e o meu, não são mais que um só coração. Oh meu amor, oh excesso de amor, oh Coração infinitamente amável, santo e perfeito, eu Vos amo de todo o

meu coração, com toda a minha alma e com todas as minhas forças! Obrigado, mil vezes obrigado, oh meu Jesus! Eu não possuo senão um coração, mas esse coração será de hoje em diante sempre Vosso, com todas as suas pulsações, com todos os seus afetos. Não possuo senão uma alma, mas essa alma eu Vo-la ofereço a Vós com todas as suas potências, a saber: com sua memória, inteligência e vontade. Não possuo senão um corpo, mas esse corpo eu Vo-lo consagro com todos os meus sentidos. Não quero ser senão Vosso não só hoje, mas para todo o sempre. Vós Vos tendes dado todo a mim e eu me dou todo a Vós, querendo até fazer mais, pois, eu me constituo Vosso escravo. Aceitai-me, bom Jesus, como Vosso escravo e prendei-me ao Vosso Coração com as correntes do Vosso amor e tratai-me na qualidade de humilde escravo. Oh sim, Vos peço que me concedais esta graça. E se um dia, esquecido deste grande favor que acabastes de me fazer, chegasse a ter a desgraça de desmerecer de Vossa Grande Promessa, lembrai-Vos de que sou escravo Vosso, tratai-me com a dureza dos flagelos até que volte a Vós com as lágrimas de uma sincera penitência. Esta é a maior graça que Vos peço, ó Coração do meu Jesus, porque conheço e declaro minhas culpas: a minha miséria, o meu nada. Mas, meu Jesus, como poderia eu ofender-Vos outra vez, depois de ter tido a ventura de começar as nove sextas-feiras, tão apreciadas por Vós? Será possível tamanha ingratidão de minha parte? Oh, meu Jesus, Vós vedes a minha sinceridade; pois Vos digo que eu Vos amo, eu vos tenho jurado um amor e uma fidelidade eternas. A Vós eu consagrei o meu corpo, o meu coração, a minha alma. A Vós eu dou todo o meu ser, fazendo-me Vosso escravo. Mas, meu Jesus querido, é o meu amor que Vos consagro, que me faz estremecer, sim, me faz estremecer pelo pensamento de que Vos posso perder. Eu, porém, hei de contemplar o Vosso Coração, o Vosso lado e desse Coração rasgado e desse lado aberto ouvirei as palavras consoladoras de esperança que um dia dirigistes à Vossa amada filha

Margarida: “Eis a chaga do Meu lado que vos servirá de moradia por ora e para sempre. A abertura é estreita, é necessário ser pequeno e despido de tudo para poder introduzir-se nela. Tu, minha filha, entrega-te ao Meu beneplácito, e deixa-me executar os Meus desígnios sem te preocupares de coisa alguma. Pensa se pode perecer uma filha tão amada, estando presa aos braços do Onipotente.” Oh, quanto conforto, quanta consolação não trazem ao meu coração estas santas palavras do Vosso amor. Oh, meu Jesus, eu Vos respondo como Margarida: “Oh, meu Jesus, Vós me bastais, fazei em mim e por mim o que for de Vossa maior glória, sem dar reparo às minhas satisfações e aos meus interesses. Para mim, basta que Vós estejais contente”.

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