A HISTÓRIA DOS IPÊS

Quando Deus estava preparando o mundo, se reuniu em uma tarde com todas as árvores. Ele pediu para que cada árvore escolhesse que época gostaria de florescer e embelezar a terra. Foi aquela alegria!
Outono, Verão, Primavera, diziam!!!
Porém Deus observou que nem uma escolhia a estação do inverno. Então, Deus parou a reunião é perguntou: Por que ninguém escolhe a época do inverno?!?
Cada um tinha sua razão. Muito seco! Muito frio! Muita queimada!
Então Deus pediu um favor.
Eu preciso de pelo menos uma árvore, para embelezar o inverno, que seja corajosa para enfrentar o frio, a seca e as queimadas e no frio embelezar o mundo….
Todas ficaram em silêncio.
Foi então que uma árvore quietinha lá no fundo, balançou as folhas e disse: Eu vou!
E Deus com um sorriso perguntou: Qual seu nome minha filha?!

 

Me chamo Ipê, senhor!
As outras árvores ficaram espantadas com a coragem do Ipê em querer florescer no inverno.

 

Então Deus respondeu: Por atender meu pedido, farei com que você floresça no inverno… não só com uma cor, para que também no inverno o mundo seja colorido. Como agradecimento, terás diferentes cores e texturas, sua linhagem será enorme.

 

E assim, Deus fez uma das mais lindas árvores que da cor ao inverno.

 

E por isso temos os Ipês: Branco, Amarelo, Amarelo do Brejo, Amarelo da Casca Lisa, Amarelo do Cerrado, Rosa, Roxo, Roxo Bola, Roxo da Mata, Púrpura.
Que sejamos como os ipês, que saibamos florir nos invernos da vida!
De José Hermes Sandoval Braga por Carminha Braga.

 




VENCEDOR x PERDEDOR

Quando um vencedor comete um erro, diz: eu errei!
Quando um perdedor comete um erro, diz: não foi minha culpa.

 
Um vencedor trabalha duro e tem mais tempo.
Um perdedor está sempre muito ocupado para fazer o que é necessário.

 
Um vencedor enfrenta e supera o problema.
Um perdedor dá voltas e nunca consegue resolvê-lo.

 
Um vencedor se compromete.
Um perdedor faz promessas.

 
Um vencedor diz: eu sou bom, porém não tão bom como gostaria de ser.
Um perdedor diz: eu não sou tão ruim como tantos outros.

 
Um vencedor escuta, compreende e responde.
Um perdedor somente espera uma oportunidade para falar.

 
Um vencedor respeita aqueles que lhe são superiores e trata de aprender algo com eles.
Um perdedor resiste àqueles que lhe são superiores e trata de encontrar seus defeitos.

 
Um vencedor se sente responsável por algo mais do que somente o seu trabalho.
Um perdedor não colabora e sempre diz: eu só farei o que for o meu trabalho.

 
Um vencedor diz: deve haver melhor forma de fazer isso …
Um perdedor diz: esta é a maneira que sempre fizemos.

 
Os vencedores fazem acontecer,
Os perdedores deixam acontecer”.

 
O vencedor sempre faz parte da resposta e o
Perdedor sempre faz parte do problema.

 
O vencedor tem um plano,
O perdedor tem uma desculpa.

 
O vencedor diz: Deixe-me fazer isso por você;
O perdedor diz: Isso não é minha função.

 
O vencedor vê uma resposta para cada problema e o
Perdedor vê um problema em cada resposta.

 
O vencedor diz: Talvez seja difícil, mas não impossível e o
Perdedor diz: Talvez seja possível, mas é difícil demais.

 
O vencedor diz: Preciso fazer alguma coisa; e o
Perdedor diz: Alguém precisa fazer alguma coisa.

 
Os vencedores fazem parte da equipe e os
Perdedores estão à margem da equipe.

 
Os vencedores veem o ganho,
Os perdedores, o gasto.

 
Os vencedores enxergam as possibilidades e os
Perdedores problemas.

 
Os vencedores acreditam no ganha-ganha e os
Perdedores acreditam que, para alguém ganhar, alguém tem de perder.

 
Os vencedores enxergam o futuro e os
Perdedores falam do passado.

 
Os vencedores escolhem o que dizer e os
Perdedores dizem o que escolhem.

 
Os vencedores usam argumentos duros e palavras suaves…
Os perdedores usam argumentos suaves e palavras duras.

 
Enfim, os vencedores mantêm seus valores e cedem em pequenas coisas e os
Perdedores mantém as pequenas coisas e não têm valores.

 
PENSE NISSO! E LEMBRE-SE: SER VENCEDOR OU PERDEDOR DEPENDERÁ DO MODO COMO VOCÊ ENXERGAR A VIDA.




Maturidade

Tome posse da maturidade. A longevidade é uma bênção; comemore!

 

Ser maduro é um privilégio; é a última etapa da sua vida e se você acha que não soube viver as outras, não perca tempo, viva muito bem esta. Não fique falando toda hora: “estou velho”. Velho é coisa enguiçada. “Idade não é pretexto para ninguém ficar velho”.

 
Perdoe a você, antes de perdoar os outros. Se você falhou, pediu perdão? Deus já o perdoou e não se lembra mais. Não fique remoendo o passado…. Não se importe com o julgamento dos outros.

 
Viva com inteligência todo o seu tempo. Viva a sua vida, não a do seu marido, da sua esposa, dos filhos, dos netos, dos parentes, dos vizinhos, dos amigos…. Nem viva só para eles, viva para você também. Isto se chama amor próprio. Faça o seu projeto de vida!

 
Coma e beba com moderação; durma o suficiente. Tenha disciplina. Fale com muita sabedoria. Discipline sua voz: nem metálica; nem baixinha; seja agradável!

 
Do passado, valorize só o que foi bom. Experiências caóticas, traumas, fobias, neuroses, devem ser tratadas com o psicoterapeuta.

 
Não arrisque cirurgias plásticas rejuvenescedoras. Elas têm prazo curto de duração. A chance de você ficar mais feio é altíssima e a de ficar mais jovem é fugaz. Faça exercícios faciais. Tome no mínimo 8 copos de água por dia e 15min de banho de sol é indispensável.

 
Use seu dinheiro com critério. Gaste em coisas importantes e evite economizar tanto. Tudo o que se economizar com você será para quem? No dia em que você morrer, vai ser uma feira de Caruaru na sua casa. Vão carregar tudo. Por que não doar as roupas, abrir um brechó ou dar todas as suas bugigangas?

 
A maturidade não lhe dá o direito de ser mal-educado. Aposentadoria não significa ociosidade. Você deve arranjar alguma ocupação interessante e que lhe dê prazer.

 
Cuidado com a nostalgia. Pessoas amargas e tristes são chatíssimas. Elogie os amigos, não fique exigindo explicações de tudo. Amigo é amigo.

 
Leia. Ainda há tempo para gostar de aprender. A maturidade pode lhe trazer sabedoria.

 
Seja avó dos seus netos, não a mãe nem a babá. Cuidado com aquela disponibilidade que torna os outros irresponsáveis.
Se alguém perguntar como vão seus netos, evite discorrer sobre a beleza rara e a inteligência excepcional deles. Cuidado com a idolatria de neto e o abandono dos filhos casados…

 
Não seja uma sogra ou sogro chato. Nunca peça relatório de nada. Seu filho tem a família dele.

 
Cuidado em atender ao telefone: se a pessoa perguntar como você vai e você responder “estou levando a vida como Deus quer”; “a vida é dura”; “estou vencendo a dureza”; você vai ver que as ligações dos amigos e dos parentes vão rarear, cada vez mais.

 
A maturidade é o auge da vida; você tem idade, juízo, experiência, tempo e capacidade para se relacionar melhor com as pessoas. Então delete do seu computador mental o vírus da inveja, do orgulho, do egoísmo, cobranças, coisas pequenas e frustrantes para tomar posse de tudo o que você sempre sonhou: A FELICIDADE!

 

De Ivone Boechat, que é Mestre em Educação, Pedagoga, Escritora e Conferencista.




Seu marido lhe faz feliz?

Durante um seminário, um dos palestrantes perguntou a uma das esposas: Seu marido lhe faz feliz? Ele lhe faz feliz de verdade?

 
Neste momento, o marido levantou seu pescoço, demonstrando total segurança. Ele sabia que a sua esposa diria que sim, pois ela jamais havia reclamado de algo durante o casamento. Todavia, sua esposa respondeu a pergunta com um sonoro NÃO, daqueles bem redondos! Não, o meu marido não me faz feliz!

 

O marido ficou desconcertado, mas ela continuou: “Meu marido nunca me fez feliz e não me faz feliz! Eu sou feliz”.

 

O fato de eu ser feliz ou não, não depende dele; e sim de mim. Eu sou a única pessoa da qual depende a minha felicidade.

 

Eu determino que serei feliz em cada situação e em cada momento da minha vida, pois se a minha felicidade dependesse de alguma pessoa, coisa ou circunstância sobre a face da Terra, eu estaria com sérios problemas.

 

Tudo o que existe nesta vida muda constantemente: o ser humano, as riquezas, o meu corpo, o clima, o meu chefe, os prazeres, os amigos, minha saúde física e mental. E assim eu poderia citar uma lista interminável.

 

Eu preciso decidir ser feliz independente de tudo o que existe! Se tenho hoje minha casa vazia ou cheia: sou feliz! Se vou sair acompanhada ou sozinha: sou feliz! Se meu emprego é bem remunerado ou não, eu sou feliz!

 

Hoje sou casada, mas eu já era feliz quando estava solteira. Eu sou feliz por mim mesma. As demais coisas, pessoas, momentos ou situações eu chamo de “experiências que podem ou não me proporcionar momentos de alegria ou tristeza”.

 

Quando alguém que eu amo morre, eu sou uma pessoa feliz num momento inevitável de tristeza. Aprendo com as experiências passageiras e vivo as que são eternas como amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar.

 

Há pessoas que dizem: hoje não posso ser feliz porque estou doente, porque não tenho dinheiro, porque faz muito calor, porque está muito frio, porque alguém me insultou, porque alguém deixou de me amar, porque eu não soube me dar valor, porque meu marido não é como eu esperava, porque meus filhos não me fazem felizes, porque meus amigos não me fazem felizes, porque meu emprego é medíocre e por aí vai.

 

Amo a vida que tenho, mas não porque minha vida é mais fácil do que a dos outros. É porque eu decidi ser feliz como indivíduo e me responsabilizo por minha felicidade.

 

Quando eu tiro essa obrigação do meu marido e de qualquer outra pessoa, deixo-os livres do peso de me carregar em seus ombros. A vida de todos fica muito mais leve. E é dessa que consegui um casamento bem-sucedido ao longo de tantos anos.

 

Nunca deixe nas mãos de ninguém uma responsabilidade tão grande quanto a de assumir e promover sua felicidade!

 

SEJA FELIZ!!! mesmo que faça calor, mesmo que esteja doente, mesmo que não tenha dinheiro, mesmo que alguém tenha lhe machucado, mesmo que alguém não lhe ame ou não lhe dê o devido valor.

 
Queridos amigos, este tem que ser um exercício diário!!!




SER CHIQUE SEMPRE – Glória Kalil

Nunca o termo “chique” foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje. A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.

 

Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano. O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.

 

Chique mesmo é quem fala baixo. Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras. Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio. Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.

 

Chique mesmo é parar na faixa de pedestre. É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua. Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador. É lembrar-se do aniversário dos amigos. Chique mesmo é não se exceder jamais! Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.

 

Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor. É desligar o radar ou o celular quando estiverem sentados à mesa do restaurante, e prestar verdadeira atenção à sua companhia. Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.

 

Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite! Mas, para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de lembrar-se sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos retornar ao mesmo lugar, na mesma forma de energia.

 

Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem. Porque, no final das contas, chique mesmo é ser feliz!

 

Investir em conhecimento pode nos tornar sábios…mas amor e fé nos tornam humanos!




O VENENO ESTA DENTRO DE NÓS

O marido chegou para o pai e disse:

 
Pai, não aguento mais a minha esposa. Quero matá-la, mas tenho medo que descubram. O senhor pode me ajudar?
O pai respondeu:

 
Posso sim! Mas tem um, porém, você vai ter que fazer as pazes com ela para que ninguém desconfie que foi você, quando ela morrer. Vai ter que cuidar muito bem dela, ser gentil, agradecido, paciente, carinhoso, menos egoísta, retribuir sempre, escutar mais. Está vendo este pozinho aqui? Todos os dias você vai colocar um pouco na comida dela. Assim, ela vai morrer aos poucos.

 
Passados os 30 dias, o filho voltou e disse ao pai: Eu não quero mais que ela morra! Eu passei a amá-la. E agora? Como eu faço para cortar o efeito do veneno?

 

O pai, então, respondeu: Não se preocupe! O que eu te dei foi pó de arroz. Ela não vai morrer, pois o veneno estava em você!

 
❖ Quando alimentamos rancores, morremos aos poucos.
❖ Que possamos fazer as pazes conosco e com quem nos ofendeu.
❖ Que possamos tratar aos outros, como gostaríamos de ser tratados.
❖ Que possamos ter a iniciativa de amar, de dar, de doar, de servir, de presentear…e não só a de querer ganhar, ser servido, tirar vantagem e explorar o outro.
❖ Que o amor de Deus nos alcance todos os dias, pois não sabemos se teremos tempo de nos purificarmos com este antídoto chamado perdão!

 




ESPÍRITO DE EQUIPE

Há alguns anos, nas Olimpíadas Especiais de Seattle, nove participantes, todos com deficiência mental, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos.

 
Ao sinal, todos partiram não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.
Um dos garotos tropeçou no asfalto, caiu e começou a chorar.

 
Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás. Então viraram e voltaram. TODOS ELES.

 
Uma das meninas com Síndrome de Down ajoelhou-se, deu um beijo no garoto e disse:

 
Pronto, agora vai sarar!!!

 
E todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada.

 

O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos…Talvez os atletas fossem deficientes mentais…Mas com certeza, não eram deficientes espirituais…

 
Isso porque, lá no fundo, todos nós sabemos que o que importa nesta vida, mais do que ganhar sozinho é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir os nossos passos…

 
Procure ser uma pessoa de valor, em vez de procurar ser uma pessoa de sucesso. O sucesso é consequência.




Pedaço de bolo

A filha dizia à mãe como tudo ia errado.Ela não se saiu bem na prova de matemática.O namorado resolveu terminar com ela e a sua melhor amiga estava de mudança para outra cidade.

 

Em horas de amargura, a mãe sabia que poderia agradar a filha preparando-lhe um bolo. Naquele momento, não foi diferente. Abraçou-a e levou-a à cozinha, conseguindo arrancar da moça um sorriso sincero.

 

Logo que a mãe separou os utensílios e ingredientes que usaria e os colocou na mesa, perguntou à filha:

 

Querida, quer um pedaço de bolo? – Mas já, mamãe? É claro que quero. Seus bolos são deliciosos…

 

Então está bem, respondeu a mãe. Tome um pouco desse óleo de cozinha!

 

Assustada, a moça respondeu: – Credo, mãe!

 

Que tal então comer uns ovos crus, filha?

 

Que nojo, mãe!

 

Quer então um pouquinho de farinha de trigo ou bicarbonato de sódio?

 

Mãe, isso não presta!

 

É verdade, todas essas coisas parecem ruins sozinhas, mas quando as colocamos juntas, na medida certa, fazem um bolo delicioso!

 

Deus trabalha do mesmo jeito!

 

Às vezes, a gente se pergunta por que Ele quis que passássemos por momentos difíceis, mas, Ele sabe que quando põe todas essas coisas na ordem exata elas sempre nos farão bem. A gente só precisa confiar nele e as coisas ruins se tornarão algo fantástico!

 

 




BORDADOS DA VIDA

Quando eu era pequeno, minha mãe costurava muito. Eu me sentava no chão, olhava e perguntava o que ela estava fazendo. Respondia que estava bordando. Todo dia era a mesma pergunta e a mesma resposta.

 
Observava seu trabalho de uma posição abaixo de onde ela se encontrava sentada e repetia:

 
Mãe, o que a senhora está fazendo?

 
Dizia-lhe que, de onde eu olhava, o que ela fazia me parecia muito estranho e confuso. Era um amontoado de nós e fios de cores diferentes, compridos, curtos, uns grossos e outros finos. Eu não entendia nada!

 
Ela sorria, olhava para baixo e gentilmente me explicava:

 
Filho, saia um pouco para brincar e quando eu terminar meu trabalho eu chamo você e o coloco sentado em meu colo. Deixarei que veja o trabalho de minha posição.

 
Mas eu continuava a me perguntar lá de baixo. Por que ela usava alguns fios de cores escuras e outros claros? Por que me parecia tão desordenados e embaraçados? Por que estavam cheios de pontas e nós? Por que não tinha ainda uma forma definida? Por que demorava tanto para fazer aquilo?

 
Um dia, quando eu estava brincando no quintal, ela me chamou: Filho, venha aqui e sente no meu colo. Eu sentei no colo dela e me surpreendi ao ver o bordado.

 
Não podia crer! Lá de baixo parecia tão confuso! E de cima vi uma paisagem maravilhosa! Então minha mãe me disse:

 
Filho, de baixo, parecia confuso e desordenado porque você não via que na parte de cima havia um belo desenho. Mas, agora, olhando o bordado de minha posição, você sabe o que eu estava fazendo.

 
Muitas vezes, ao longo dos anos, tenho olhado para o céu e dito: Pai, o que estás fazendo?

 
Ele parece responder: Estou bordando a sua vida, filho.

 

E eu continuo perguntando: Mas está tudo tão confuso Pai…, tudo em desordem. Há muitos nós, fatos ruins que não terminam e coisas boas que passam rápido. Os fios são tão escuros. Por que não são mais brilhantes? ”

 

O Pai parece me dizer: Meu filho, ocupe-se com seu trabalho, descontraia-se, confie em Mim. Eu farei meu trabalho! Um dia, colocarei você em meu colo e então vai ver o plano da sua vida da minha posição.

 
Muitas vezes não entendemos o que está acontecendo em nossas vidas. As coisas são confusas, não se encaixam e parece que nada dá certo. É que estamos vendo o avesso da vida.

 
Do outro lado, Deus está bordando…




Biografia de Helen Keller

A vida de uma criança que ficou cega e surda e de sua luta árdua e vitoriosa para se integrar na sociedade, tornando-se além de celebre escritora, filosofa e conferencista, uma personagem famosa pelo trabalho incessante que desenvolveu para o bem-estar das pessoas portadoras de deficiências.

 
Nasceu em 27 de junho de 1880 em Tuscumbia, Alabama, descendendo de família tradicional do Sul dos Estados Unidos. Seu pai, Capitão Arthur Keller, era homem de influência em sua comunidade, editor do Jornal “The Tuscumbia Alabamian” e foi nomeado prefeito do Alabama do Norte em 1885.

 
Helen Keller perdeu subitamente a visão e a audição devido a uma doença que foi diagnosticada naquela época, como febre cerebral, sendo provável que tenha sido escarlatina. Passou os primeiros anos de sua infância sem orientação adequada que lhe permitisse desenvolver-se aprendendo sobre o mundo ao seu redor.

 
Alguns meses antes de Helen completar 7 anos de idade, Anne Sullivan, uma professora de vinte e um anos, foi morar em sua casa para ensiná-la, no dia 03 de março de 1887. A professora Anne Sullivan havia estudado na Escola Perkins para Cegos, pois, quando criança foi cega, mas recuperou a visão depois de nove operações.

 
Sua indicação para ensinar Hellen foi feita por Alexander Graham Bell, que havia sido procurado pelos pais de Hellen. Desde essa época, professora e aluna, tornaram-se inseparáveis até a morte de Anne Sullivan em 1935. Até a chegada da professora, Helen Keller ainda não falava e não compreendia o significado das coisas.

 
Anne Sullivan assumiu a tarefa de ensinar Helen e para isso necessitou de muita coragem e persistência. As alunas cegas da Escola Perkins fizeram-lhe uma boneca para levar a Helen. O vestido dessa boneca foi feito por Laura Bridgman, primeira cega-surda educada em Perkins. Anne Sullivan iniciou seu trabalho com Helen utilizando a boneca e tentando relacionar o objeto à palavra através da soletração da palavra “BONECA” pelo alfabeto manual.

 

Helen logo aprendeu a repetir as letras corretamente, mas não sabia que as palavras significavam coisas. Aprendeu através desse método, um tanto incompreensível para ela, a soletrar, com o uso das mãos, varias palavras.

 
No dia 05 de abril de 1887 Helen e sua professora estavam no quintal da casa, perto de um poço, bombeando água. A professora Sullivan colocou a mão de Helen na água fria e sobre a outra mão soletrou a palavra “ÁGUA”, primeiramente vagarosamente, depois rapidamente. De repente, os sinais atingiram a consciência de Helen, agora com algum significado. Ela aprendeu que “água” significava algo frio e fresco, que escorria entre suas mãos. A seguir, tocou a terra e pediu o nome daquilo e, ao anoitecer já havia relacionado trinta palavras a seus significados.

 
Este foi o início da educação de Helen Keller. Numa sucessão rápida ela arendeu os alfabetos Braille e manual, facilitando assim, sua aprendizagem da escrita e leitura. Em 1890 ela surpreendeu a professora pedindo para aprender a falar. Helen Keller aprendeu a falar aos 10 anos. “Eu tinha dez anos quando Annie (*Annie é o tratamento familiar de Anne*) me levou a primeira lição de linguagem falada, na casa de Miss Sarah Fuller (Diretora da Escola de Surdos Horace Mann). Os poucos sons que eu produzia, eram ruídos inexpressivos, quase sempre roucos, pelo esforço que empregava para obtê-los. Pondo minha mão em seu rosto, para que eu sentisse a vibração de sua voz, Miss Fuller ia repetindo vagarosamente e muito claro, o som *ahm*, enquanto Miss Sullivan soletrava a palavra *ahm* na minha mão. Eu ia imitando como podia, conseguindo ao fim de algum tempo, articular o som a contento da mestra. Ao final de minha décima primeira lição, fiz uma surpresa para Annie, puxei-a pelo braço, coloquei a posição da língua e disse claramente: “EU NÃO SOU MAIS MUDA”.

 
Sob a orientação de Anne Sullivan, matriculou-se no Instituto Horace Mann para surdos de Boston, e depois, na Escola Wright-Humason Oral de Nova Iorque. Helen Keller além de aprender a ler, escrever e falar demonstrou também, excepcional eficiência no estudo das disciplinas do currículo regular.

 
Quando pequena Helen Keller costumava dizer: “Algum dia cursarei uma faculdade”, e de fato cursou. Em 1898, entrou na Escola Cambridge, para Moças; em 1900, para a Universidade Radcliffe, onde, em 1904, recebeu seu diploma de Bacharel em Filosofia. Durante seu período de estudante, a professora Anne Sullivan foi sua orientadora constante, transmitindo todas as aulas para Helen, através do alfabeto manual, encorajando-a e estimulando-a. Todos os livros de consulta que não existiam em Braille eram laboriosamente soletrados nas mãos de Helen. Além das aulas da universidade, Anne soletrava aulas de francês, latim e alemão.

 
Com a obtenção de seu grau de bacharel, acabaram-se os dias de educação formal de Helen. Todavia, através de toda sua vida, continuou a estudar e manter-se informada sobre todos os assuntos de importância para o mundo moderno. Em reconhecimento de sua capacidade e realizações acadêmicas, Helen Keller recebeu títulos e diplomas honorários das Universidades Temple e Harward, e das Universidades da Escócia (Glasgow), Alemanha (Berlim), Índia (Nova Delhi) e de Witwaterstrand (Johannesburg – África do Sul).

 
Em 1905 a professora Anne Sullivan casou-se com John A. Macy, eminente crítico literário. O casamento não interrompeu o relacionamento de aluna e professora. Helen Keller foi morar com o casal que continuou auxiliando-a em seus estudos e outras atividades. Antes de se formar Helen Keller fez sua estreia na literatura escrevendo sua autobiografia, “A História de Minha Vida”, publicada em 1902, e em seguida no jornalismo, com uma série de artigos, no “Ladies Home Journal”. A parti dessa data não parou mais de escrever. Em seus trabalhos literários Helen usava a máquina de datilografia Braille preparando os manuscritos e depois copiava-os numa máquina de datilografia comum.

 
Escreveu inúmeros artigos para revistas e além da “História da minha vida”, escreveu vários livros, entre os quais:

 
“Otimismo – um ensaio”
“A Canção do Muro de Pedra”
“O Mundo em que Vivo”
“Lutando Contra as Trevas” (Minha professora Anne Sullivan Macy)
“Minha Religião”
“Minha Vida de Mulher”
“Paz no Crepúsculo”
“Helen Keller na Escócia”
“O Diário de Helen Keller”
“Vamos ter Fé”
“Dedicação de Uma Vida”
“A Porta Aberta”

 
Seus livros foram transcritos em várias línguas. Em 1954, “A História da Minha Vida”, após cinquenta anos de sua primeira publicação como livro, foi traduzido em cinquenta línguas.

 
Helen Keller recebeu numerosos prêmios de grande distinção. Em junho de 1952, foi feita Cavaleiro da Legião de Honra da França.
Em reconhecimento ao estimulo que seu exemplo e presença deram aos trabalhos para cegos, nos países que visitou os governos do Brasil, Japão, Filipinas e Líbano conferiram-lhe, respectivamente, as seguintes condecorações: Ordem do Cruzeiro do sul, do Tesouro Sagrado, do Coração de Ouro e Medalha de Ouro de Mérito.

 
Helen Keller recebeu também, o Prêmio Américas para a União Interamericana, o prêmio Medalha de Ouro do Instituto Nacional de Ciências Sociais e outros.

 
Tornou-se membro honorário de sociedades científicas e organizações filantrópicas dos cinco continentes. No Quinquagésimo aniversário de sua graduação, a Universidade Radcliffe outorgou-lhe o “Prêmio Destaque a Aluno”.

 
Uma grande honraria foi também concedida a Helen Keller, em 1954, quando seu local de nascimento, Ivy Green, em Tuscumbia, foi transformado em museu permanente. A cerimônia realizou-se em 07 de maio de 1954, com a presença de diretores da American Foundation for the Blind e de outras autoridades. Juntamente com esse acontecimento, realizou-se, também, a premier do filme biográfico de Helen Keller, “Os Inconquistados”, o filme posteriormente recebeu novo título, “Helen Keller e sua História”. Em 1955, esse filme ganhou o prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, como o melhor documentário de longa metragem do ano.